Mas cada resposta ficava mais difícil por causa de uma força interna que me impedia de escrever. Começou a ficar realmente difícil manter a conversa. E não era ressaca do réveillon. Era ela, a preguiça.
Tempos atrás eu estaria completamente desestabilizada pelo contato inesperado. Outros tempos atrás eu ainda estaria chorando por causa da mesma pessoa. Mas não naquele dia.
Eu não queria mais saber o que ele pensava. Não me interessava mais o que ele sentia. Pouco me afetava saber se ele estava bem ou não. E não me entendam mal. Não era raiva, nem rancor. Só não me interessava mais. Deu preguiça, sabe?
Enquanto ele escrevia, as respostas ficavam cada vez mais demoradas, até que eu perdi o interesse no papo.
Ah, deixa pra lá, depois eu respondo.
Ano novo, vida nova. A preguiça me libertou.
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